Quase duas décadas depois do grupo Randon passar a utilizar a marca Empresas Randon, um novo posicionamento projetando o futuro renomeia a companhia para Randoncorp. A evolução vem no momento que a corporação registra recordes em seus 74 anos de história, alcançando mais de R$ 11,2 bilhões de receita líquida consolidada em 2022 com projeção de chegar a R$ 12 bilhões em 2023. Se até há poucos anos 12 unidades era um número marcante quando se falava nas empresas da companhia, hoje só com a ajuda do CEO, Sérgio Carvalho, para atualizar a expansão da gigante caxiense:
— A criação da nova marca reflete a empresa pujante, dinâmica, jovial, e tudo que faz parte do nosso plano mestre. Como marcas de empresas, temos hoje 16. Em termos de aquisições ou empresas que usamos mais como marca de produtos, o número é muito maior. Apenas em aquisições, nos últimos cinco anos, nós fizemos 19 movimentos. Já temos hoje 53 CNPJs — destaca Carvalho.
Daniel Randon, presidente da Randoncorp, qualificou o momento como histórico:
— Com o tempo, sempre têm mudanças na visão da marca, especialmente para traduzir o momento atual e onde nós queremos chegar. Há 19 anos tínhamos colocado a holding como Empresas Randon e, agora, depois de um trabalho de quase dois anos olhando arquitetura de marcas, com várias mãos e parceiros, trouxemos um nome que coloca a visão de uma empresa mais dinâmica, com mais inovação e cada vez mais global, presente em mais de 120 países.
A apresentação deste novo momento ocorreu na sexta-feira (28) durante o evento da Ambição ESG da companhia.
Investimento de R$ 17 milhões em biomassa será feito em Caxias
Dentro da gestão ambiental da Randoncorp, os investimentos em meio ambiente são crescentes. O diretor-superintendente da Frasle Mobility, Anderson Pontalti, destacou como o mais relevante para este e o próximo ano os planos de operar as caldeiras da fabricante de autopeças, em Caxias do Sul, com biomassa. Já foram investidos R$ 17 milhões neste projeto que prevê a redução de 20% de gases de efeito estufa.
— É uma caldeira que utiliza a vegetação que já eliminou o gás carbônico, como cavaco, restos de madeira de reflorestamento, bagaço de cana, folhas, restos de arroz... E você gera energia a partir disso. Nós vamos gerar vapor que serão usados nos processos da Frasle substituindo o gás natural — explica Pontalti.
O executivo acrescenta que, em energias limpas, há um plano de investimentos de R$ 100 milhões. Já foram mais de R$ 7 milhões dedicados a usinas fotovoltáicas, outros R$ 10 milhões serão investidos na planta de Araraquara (SP) para a construção de uma usina, mas a maior parte ficará em Caxias:
— O projeto da biomassa representa 20% do nosso compromisso ESG em meio ambiente.
Até 2030, a Randoncorp pretende reduzir em 40% a emissão de gases de efeito estufa em relação ao ano-base de 2020.
15% de mulheres no comando
Para falar do S da sigla ESG, Valéria Neves, gerente corporativa de Pessoas e Cultura, Marca e Reputação da Randoncorp, subiu ao palco ao lado de Daniel Ely, vice-presidente da companhia. Ela apresentou os trabalhos que estão sendo desenvolvidos para alcançar a meta de dobrar o número de mulheres em cargos de liderança até 2025. O percentual subiu de 11% para 15% por meio de projetos que estão sendo desenvolvidos. Um exemplo que citou é o caso da mentoria organizacional feminina, feita de mulheres para mulheres.
— A gente trabalha desde posições de base e, até a gente criar toda essa competência na organização, leva tempo. Passar para 15% já foi bastante arrojado. Com o crescimento das empresas e abertura de novas posições, nós também estamos conseguindo conquistar este espaço — aponta Valéria.
Outro número que foi apresentado são de 250 participantes dos chamados grupos de afinidade, que trabalham com questões de gênero, raça e etnias, criados para ampliar a diversidade na companhia que conta, atualmente, com 17 mil profissionais.
Novas posições reforçam governança
O comitê executivo da Randoncorp também passa por alterações na composição, que valem a partir de segunda-feira (1°). Os três diretores superintendentes atuais e Ely, vice-presidente da companhia, assumem o cargo de Chief Operating Officer (COO), que são diretores de operações. Cada um responde por uma vertical de negócios, além de áreas matriciais que atendem a vários níveis da corporação: Anderson Pontalti, da vertical Controle de Movimentos/Frasle Mobility; Sandro Trentin, da vertical Montadora; Ricardo Escoboza, da vertical Autopeças; e Daniel Ely, da vertical Serviços Financeiros e Digitais. Além disso, o diretor de Tecnologia Avançada de Produto e Manufatura, César Augusto Ferreira, passa a integrar o comitê, assumindo a função de diretor superintendente da vertical de Tecnologia Avançada.