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Vinícolas já estão recebendo uvas, iniciando o processamento para dar origem ao vinhos, mas ainda não temos a projeção de volume da colheita deste ano na Serra. Entidades, que tradicionalmente estimam esses números no início do ano, ainda não arriscam percentuais por conta do frio que atrasou a maturação e do granizo que atingiu a Serra nesta semana.
Sem números da Emater, Fecovinho e entidades que costumam quantificar a colheita, as projeções de cooperativas que já arrancaram na safra são os principais termômetros. As estimativas de duas delas apontam crescimento em volume.
A Vinícola Aurora iniciou a safra da uva nesta semana e prevê receber 75 milhões de quilos. O volume projetado é cerca de 10% superior à vindima de 2022. A cooperativa responde por mais de 10% da safra gaúcha da fruta para processamento.
Quem também já abriu a colheita foi a Cooperativa Vinícola Garibaldi projetando 28 milhões de quilos de uva, quase 7% superior ao da safra passada.
O engenheiro agrônomo do escritório regional da Emater, Enio Ângelo Todeschini, acredita que mais para o final de janeiro será possível ter números gerais da safra 2023.
_ Com essa incerteza das condições climáticas, tudo pode acontecer. Na safra passada mudou tudo a partir de 26 de janeiro _ destaca.
De acordo com o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul, Helio Marchioro, apesar da entidade não arriscar ainda como será o volume deste ano, já conferiu alguma quebra em volume de variedades específicas, como a Bordô.
_ Se não tivermos mais episódios, como o granizo desta semana, será uma safra cheia, em seu volume normal, com excelente qualidade _ avalia o especialista.