
Se todas as atividades econômicas estão voltando, mesmo que aos poucos, por que não ocorre o mesmo com o comércio? Este é o principal questionamento do Sindilojas de Caxias, que motivou a entidade a ingressar com medida cautelar para reabertura. A ação foi movida contra o município solicitando o retorno das atividades a partir de quinta-feira, já que a prefeitura também está aguardando o governador Eduardo Leite revisar ou não o decreto estadual que permite abertura a partir desta quarta. Se for prorrogado o fechamento até o fim do mês, o varejo vai ficando sem muitas alternativas, segundo a presidente do Sindilojas, Idalice Manchini:
— Se não abrir 100%, a gente quer voltar aos poucos ao trabalho, como outros setores. As lojas estão estocadas com produtos de inverno e vão fechar empresas que não estavam preparadas para uma recessão tão longa.
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Idalice ressalta que, em 40 anos, nunca teve seu comércio fechado por tanto tempo.
Sócia da Pole Modas, Idalice destaca que também sente os efeitos da crise com quatro unidades fechadas. Mesmo com a venda online tendo crescido cerca de 30% neste período, ela representa apenas 5% do faturamento. Segundo a entidade, só 3% a 5% do comércio caxiense atua com e-commerce.
Preparados para abrir
Mesmo sem poder vender nas lojas, o comércio tem recebido clientes para pagamento de contas, por exemplo. Segundo a presidente do Sindilojas, essa movimentação já demostrou que o varejo está preparado para atender ao consumidor respeitando medidas de segurança contra o Coronavírus.
— Se não tem álcool gel, distanciamento e outras medidas, o cliente nem entra — destaca Idalice.
Comércio já teve flexibilização
Na semana passada, junto com o decreto que flexibilizou a abertura de lojas de chocolate, também foi permitido aos lojistas receber pedidos de clientes. Com isso, foram realizadas vendas com o cliente buscando na loja ou com o comerciante entregando a domicílio. O consumidor só não pode escolher as peças dentro da loja. A alternativa tem sido enviar imagens dos produtos pela internet.