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Junho começa, e com ele há mais interrogações do que certezas no horizonte de empresários e consumidores. O último semestre de 2018 ganhou velocidade em termos de novo ânimo e de sensação de que a economia brasileira entraria numa nova fase, deixando para trás as dificuldades dos últimos anos. 2019 chegou e com ele a percepção de que o ano avançaria com facilidade, num ritmo ascendente de empregos, negócios e boas notícias.
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Mas já caímos na realidade. 2019 chega ao mês seis e ainda não decolou como se projetava. Há frustração e desânimo, em alguns casos. Em outros, a euforia persiste. Sim, é verdade, o setor metalmecânico caxiense, puxado por conglomerados como Marcopolo e Randon, vem registrando números impressionantes. Mas é preciso lê-los a partir da conjuntura dos últimos cinco anos, e não de um recorte isolado.
Acontece que a retração e a incerteza que dominaram o Brasil desde 2015 pegaram em cheio e primeiramente a indústria de bens de capital com alto valor agregado, o que abrange as grandes indústrias automotivas pesadas da Serra.
Com esse freio em financiamento e em investimento em infraestrutura, houve uma demanda reprimida em renovação de caminhões, máquinas e ônibus, o que vem movimentando o segmento. Nesse caso, os empresários precisaram voltar a comprar.
Mas se é verdade que a economia é movida por um clima que paira no mercado, no momento essa aura responde pelo nome de “insegurança”.
No governo federal, pouco avança em pautas importantes, como as reformas. E, no dia a dia, o que se vê é muita gente ainda buscando trabalho, tentando melhorar sua remuneração, já que os salários achataram. Como senso comum, a maioria almeja economizar e gastar com consciência, o que deixa o comércio ainda acanhado.