A coluna vive insistindo na necessidade de aperfeiçoamento do atendimento no comércio. Dois fatores corroboram com a urgência de personalização do serviço e de fidelização do público:
1º) A dificuldade de virar a chave da crise econômica, fazendo com que o comércio tenha amargado a lanterninha entre os setores caxienses em 2018, com estagnação nos números (ou avanço de 0,5%). Com os salários achatados, o consumidor ficou mais seletivo, consciente e exigente.
2º) O avanço em alta velocidade do comércio virtual exige das lojas físicas diferenciação no trato, com personalização e “agrados” ao cliente. Senão, obviamente, ele será empurrado cada vez mais à praticidade das compras online.
Porém, uma percepção apontada por empresários do setor preocupa: mesmo com mais oferta de mão de obra, em função das demissões, continua sendo uma tarefa árdua conseguir profissionais capacitados para trabalhar no varejo. Alguns empreendimentos sequer solicitam experiência, e ainda assim não preenchem as vagas. Os candidatos se opõem muitas vezes a horários de trabalho, expediente aos finais de semana e até a convocação de treinamento.
Há quem diga que a desqualificação decorre dos baixos salários pagos pelo setor. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias, Ivonei Pioner, ressalva que, com o legado da retração na indústria, a remuneração do comércio passou a ser melhor do que no ramo fabril.
– Com o salário fixo mais comissão, a remuneração na maioria das vezes parte de R$ 2 mil – salienta.
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