
Ao circular pelo Bourbon San Pellegrino, em Caxias, o público se questiona sobre o motivo de haver tantos espaços comerciais vazios. No segundo andar do shopping, no lado do Café Bella Gula, cinco lojas vizinhas fecharam as portas desde o final do ano até agora. São elas: a Ortobom (colchões), a Uva e Verde (presentes), a Chilli Beans (óculos), a Gianella & Mondadori (vestuário) e a Nina Morena (moda).
Salta aos olhos o amplo paredão ocioso. É claro que muitas marcas chegam, outras se despedem. Faz parte do rodízio natural de um centro comercial. Mas, a pedido dos leitores, a coluna conversou com lojistas e fontes do varejo. A percepção é geral: aluguel caro e pouco público.
Uma loja chegou a faturar míseros R$ 200 em um domingo de janeiro. Há quem reclame do reajuste do aluguel – em um caso, o valor saltou de R$ 7 mil para R$ 15 mil, tornando a permanência inviável.
Com a aquisição do shopping pelo grupo Zaffari, anunciada em janeiro de 2018, e com a posterior troca de nome, a expectativa dos comerciantes e do público era de que mais novidades aportassem no empreendimento a ponto de alavancar os negócios.
Por enquanto, a calmaria permanece, e há ausências sentidas em setores como o de eletroeletrônicos. Em entrevista à colunista, há cinco meses, o diretor do grupo, Claudio Luiz Zaffari, tentou dar uma resposta aos questionamentos:
– Um shopping é como um transatlântico e precisa fazer a manobra de acordo com o tamanho, de forma devagar, não dá para mudar bruscamente – justificou.
Porém, uma inovação para breve pode potencializar o Bourbon San Pellegrino: a ampliação da praça de alimentação, com a criação de mezanino em área aberta.