As entidades de classe demoraram para reagir de forma intensa, mas agora vêm a público contrariar o acordo de tabelamento de fretes instituído pelo governo com os caminhoneiros. O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior, definiu a medida como “retrocesso” e ameaça questionar a legitimidade da ação na Justiça.
Cezar Müller, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), diz que “o governo lançou para o setor industrial a conta das compensações da greve dos caminhoneiros.”
O dirigente alerta que o tabelamento do frete e a reoneração da folha de pagamento para 39 setores impactarão nos custos da atividade industrial. E as empresas terão de repassar os novos cálculos ao preço final, gerando inflação.
– As que não puderem repassar, por questões de concorrência, vão quebrar, causando desemprego. Quem vai pagar é a população – alertou.