Apesar da alta de 0,5% da indústria brasileira em setembro com relação a agosto, divulgada nesta terça pelo IBGE, o cenário ainda é desafiador no curto prazo para a setor fabril.
O resultado representa um “respiro” – já que tinge o número de azul –, mas é muito tímido, quase nulo, para compensar perdas anteriores. A cautela persiste. Até porque não ameniza o desempenho do terceiro trimestre para o ramo industrial – a queda entre julho e setembro foi de 5,5% ante igual período de 2015, aponta o IBGE.
No ano, a retração acumulada é de 7,8% e, em 12 meses, de 8,8%. Já na comparação com setembro de 2015, o recuo é de 4,8%.Quando se avalia o faturamento e não a produção industrial, o resultado de setembro ante agosto é ainda mais contido, com leve alta de 0,1%, mostram dados da CNI. No acumulado de janeiro a setembro de 2016, o faturamento industrial registra queda de 12,4% no país.
Para efeito de comparação: a indústria metalmecânica caxiense prova por que foi a mais afetada pela crise no país. Registra queda de 25% no faturamento nos últimos 12 meses. De janeiro a setembro, o recuo é de 21%, conforme dados do Simecs. Os números bem são piores do que os do país.
Assim que a economia retomar o fôlego por obras de infraestrutura e por bens de capital (como maquinários, usados para a produção de outros bens), Caxias do Sul também pode ser uma das cidades brasileiras que mais rapidamente reagirão às incertezas. Quiçá, seja logo ali em 2017.