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Passo Fundo encerrou o mês de fevereiro de 2025 com acumulado de chuva 47% abaixo da média prevista para o mês. Conforme acompanhamento da Climatempo, foram 77,8 milímetros de chuva, enquanto a média histórica é de 146,9mm.
Os episódios de chuva foram mais espaçados, em formas de pancadas, sem grandes acumulados. O fenômeno La Niña também teve impacto, como aponta o meteorologista Guilherme Borges:
— As ondas de calor que atuaram ao longo do mês favoreceram para essa irregularidade da chuva e para ela ter ficado abaixo da média. E, de certa forma, o fenômeno La Niña também ajudou nessa chuva abaixo da média.
O maior total por dia registrado foi em 12 de fevereiro, com acumulado de 18,4mm.
Ainda conforme informações da Climatempo, a temperatura mais alta registada foi de 35,1°C, no dia 10, e a menor de 16,7°C no dia 19.
Lavouras sentem o impacto
Mesmo que espaçada, a chuva dos últimos 10 dias contribuiu para amenizar os danos causados pela seca na região. A cultura da soja é a que mais sente o impacto, na avaliação do supervisor microrregional e responsável pela área de culturas da Emater de Passo Fundo, Oriberto Adami:
— Temos casos de localidades que tiveram uma perda maior, pois não receberam essas chuvas localizadas, mas são casos bem pontuais.
Ainda assim, o setor espera que o comportamento da chuva seja melhor em março. Em fase de enchimento de grãos, a soja ainda demandará muita umidade até o fim do ciclo da cultura.
— Seria importante que continuasse ocorrendo chuvas por, no mínimo, mais 30 dias. O ideal seria regulares e generalizadas, mas diante desse quadro de escassez, se ocorrerem de forma localizada e de um volume regular, já nos ajuda a amenizar as perdas — aponta Oriberto.