O município de Marau ainda tem 12 pontes prejudicadas pelas chuvas que atingiram o norte do RS no começo de setembro. Ao todo, seis pontes estão interditadas e outras seis estão em situação provisória — ou seja, foram feitos reparos preliminares, mas ainda há necessidade de novos ajustes.
As informações têm como base o laudo técnico emitido por engenheiro em 5 de setembro e dados atualizados do secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marau, Alberto Trichez. Saiba os locais atingidos:
Pontes interditadas em Marau
- Ponte Bordin na comunidade Gramadinho. Houve deslocamento da ponte, rompimento e inclinação do pilar central e erosão nas cabeceiras
- Ponte comunidade Cachoeirão: rompimento total da ponte, erosão em cabeceira. Requer reconstrução total
- Ponte Valdevino Piccoli (Laranjeira): rompimento total da ponte, erosão em cabeceiras. Requer reconstrução
- Galerias Gelson Picolli: reconstrução de aterro e material de cobertura
- Ponte Três Cerros (Marau e Passo Fundo): rompimento total da ponte, erosão e rachaduras cabeceiras, pilar central deslocado. Requer reconstrução
- Ponte Delcino: deslocamento da cabeceira. Requer a reconstrução dos apoios.
Situação provisória
- Ponte de acesso à comunidade Santo Antônio dos Trichês: erosão nas cabeceiras, ruptura dos guarda-corpos e danos no pavimento asfáltico nos dois lados
- Ponte na comunidade Santo Antônio dos Trichês: erosão em grande proporção nas cabeceiras
- Ponte Rodeio dos Tibolas: rompimento de parte da ponte e erosão em cabeceiras. Requer reconstrução de parte da ponte e revisão em estrutura remanescente
- Ponte Nossa Senhora Aparecida (Matão): deslocamento da estrutura da ponte e comprometimento de apoios e vigas. Pede reconstrução da ponte, cabeceiras e pilar central
- Ponte Capingui (Marau e Passo Fundo): rompimento total da ponte, erosão e rompimento cabeceiras. Requer reconstrução
- Ponte Borba (Carrascal): cabeceira rompida e erosão nas cabeceiras.
Moradores reclamam
As comunidades de São Valentim, no interior de Passo Fundo, e Três Cerros, em Marau, no norte do RS, estão há 22 dias sem a ponte que passa sobre o Rio Jacuí e conecta as duas localidades. A estrutura de madeira foi levada pela cheia do rio, causada pelas fortes chuvas que atingiram o norte do RS em 4 de setembro.
O agricultor Edgar Biasoli, de Marau, realiza o trajeto diariamente e reclama que a falta da ponte no local é um transtorno, uma vez que o desvio para chegar em Passo Fundo se torna mais longo. Se antes ele chegava na cidade através de São Valentim, agora precisa ir à comunidade de São Pedro do Jacuí — um trajeto que aumenta cerca de 20 quilômetros até Passo Fundo.
— É um local que todo mundo passa por ser mais rápido. Meus vizinhos utilizam também, dificulta até para os alunos que precisam atravessar para ir para a escola — diz Biasoli.
Por se tratar de um limite municipal, a ponte é de responsabilidade de Passo Fundo e Marau, o que significa que qualquer reforma precisa de uma parceria entre eles. De acordo com Trichez, uma avaliação da ponte foi feita na tarde de terça-feira (26) entre representantes dos dois municípios, junto a engenheiros.
— Avaliamos que não é possível fazer uma ponte provisória entre São Valentim e Três Cerros, pois houve um problema estrutural no pilar central e nas cabeceiras — afirmou, reiterando que as pessoas não estão isoladas. É possível fazer o desvio pela comunidade de São Pedro do Jacuí, apesar de mais longo.
Local terá nova ponte
Segundo o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Passo Fundo, Cristiam Thans, o Município já enviou um pedido de reconstrução da ponte que liga as comunidades de Três Cerros e São Valentim à Defesa Civil.
Agora, a solicitação está em fase de aprovação no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, e somente depois, os recursos serão encaminhados. A verba destinada para a obra deve ser de R$ 307 mil, visto que a estrutura deverá ser de concreto.
O recurso vem da homologação do decreto de emergência na cidade, por parte do governo estadual e federal, e só será liberado depois do processo licitatório para a construção. Até o momento, não há previsão para o início das obras.