Neste momento, Adilson Stankiewicz não tem a pretensão de iniciar um movimento para transformar o Ypiranga em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Mas garante que a direção está aberta para estudar o modelo e, por isso, não descarta implementá-la no futuro.
Segundo o dirigente, o Canarinho já recebeu sondagens para virar SAF. No entanto, elas não evoluíram, uma vez que o valor ofertado foi baixo.
— Nosso orçamento anual gira em torno de R$ 10 a 12 milhões. Então, para vendermos o clube por 10 anos, a oferta precisa começar no mínimo em R$ 100 milhões. Menos que isso não faz sentido, já que essa é nossa receita. Então, precisaria ser no mínimo o dobro para se tornar viável. Acho difícil um investimento desse porte aqui na nossa região, mas estamos abertos a propostas — disse.
Modelo ideal de SAF
Por mais que não haja interesse momentâneo em transformar o Ypiranga em SAF, Stankiewicz ressaltou que se inspira no modelo adotado pelo Fortaleza. O time cearense não vendeu ações do clube e, assim, não perdeu o controle do futebol.
— Estamos analisando o mercado e tentando entender o melhor modelo. Nossa ideia seria seguir algo parecido com o Fortaleza, que detém 51% do clube, mas sabemos que é difícil conseguir investidores nessa condição. Normalmente eles querem comprar o clube e a gestão do futebol, não apenas colocar dinheiro. Mas também existe a possibilidade se conseguirmos algum parceiro internacional, como é o caso do Barra, que tem o Hoffenheim, da Alemanha. É um estudo que estamos fazendo — destacou.
O presidente defende que transformar o clube em SAF não é sinônimo de sucesso. Por isso, seguirá estruturando as dependências e o departamento de futebol do Ypiranga.
— Não abrimos mão de ter executivo de futebol, um executivo administrativo e de dar mais estrutura para o clube. Precisamos manter uma gestão mais profissionalizada, independentemente de quem passar pelo clube — finalizou.