
O Atlântico definiu que não disputará os minutos finais da semifinal do Gauchão de Futsal 2024 contra o Guarany de Espumoso. Conforme a direção do time de Erechim, a luta contra o racismo é maior do que uma possível classificação e título.
Segundo o técnico Paulinho Sananduva, a decisão tomada pela direção do Galo foi correta. O comandante compactua com o mesmo pensamento que o supervisor de futsal do clube, Elton Dalla Vecchia.
— A questão sobre o tema racismo foi muito bem trabalhada dentro da nossa equipe. Sabemos da importância de usar o esporte como uma ferramenta de respeito e de inclusão. Como grupo, estabelecemos que a causa (luta contra o racismo) é mais importante do que um campeonato. Esperamos que fatos como esse não voltem a se repetir — destacou Sananduva.
O jogo entre as equipes foi paralisado depois que o goleiro João Paulo, do Atlântico, foi chamado de "macaco" por um torcedor do Guarany, que estava presente no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso. Na ocasião, os jogadores do Galo abandonaram a quadra e a definição da partida foi parar nos tribunais.
Em primeira instância, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) decidiu punir o Atlântico por ter abandonado a partida com a perda de três pontos e, consequentemente, a eliminação. Já na última instância, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu que o jogo deveria prosseguir em uma quadra neutra, mas o Atlântico não concordou e, por isso, se recusou a continuar a partida contra o Guarany.
Com isso, o time de Espumoso está classificado para enfrentar a Yeesco na final do Gauchão de Futsal 2024. As datas dos confrontos deverão ser divulgados em breve pela entidade.