
Órgãos públicos e representantes da sociedade civil estão preocupados com a tramitação do projeto que prevê 10 medidas de combate à corrupção que tramita na Câmara dos Deputados. O Ministério Público Federal produziu o projeto e colheu mais de 2 milhões de assinaturas para encaminha-lo ao legislativo.
Nesta segunda-feira (8), uma reunião ocorreu na sede da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, para discutir formas de acelerar a tramitação da matéria e evitar que caia no esquecimento em razão da eleição municipal que ocorrerá em outubro.
A procuradora-chefe da República no Rio Grande do Sul, Patrícia Webber, lembra que a aprovação da matéria vai prevenir crimes do chamado colarinho branco e agilizar a tramitação dos processos penais.
"É a questão da corrupção e também da alta corrupção. Da corrupção que envolve pessoas que têm mais condições financeiras, que envolvem mais recursos públicos. Como tornar esses processos mais ágeis. Fazer com que bens apreendidos possam fazer reparação às vítimas de forma mais célere", destaca.
Diogo Rossato é presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul. Para ele, a sociedade tem o dever de cobrar uma tramitação célere do projeto.
"Pra buscar ver as pessoas responsáveis por isso e assim a gente fazer um acompanhamento e de certa forma cobrar como isso vai se desenrolar", afirma.
O projeto intitulado 10 Medidas de Combate à Corrupção tramita numa comissão especial criada para debater a matéria. A próxima reunião será nesta terça-feira (9), para ouvir o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol.
Na semana passada, o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava-Jato em 1ª instância, foi ouvido. Ele concordou com as medidas sugeridas pelos procuradores da República e fez algumas sugestões. Entre elas, a proteção para informantes que queiram denunciar casos de corrupção e abuso em suas empresas, sejam públicas ou privadas. O relator da matéria é o deputado federal gaúcho, Onyx Lorenzoni, do Democratas.
Patrícia Webber: