A partir de quinta-feira (6), clientes de planos pré-pagos da Vivo no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais não poderão mais usar no celular a internet com velocidade reduzida após estourar a franquia contratada. O consumidor poderá pagar R$ 2,99 para contratar um pacote de 50MB de dados para mais uma semana. A medida deve se estender para outras regiões do País nos próximos meses e para clientes pós-pagos.
Também já estão em vigor as novas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para prestadoras de internet. Elas devem garantir 80% da velocidade média contratada e velocidade instantânea de 40%. Antes, a velocidade média era de 70% e a instantânea de 30%. O descumprimento da nova meta de qualidade, que começou a valer neste final de semana, pode levar à multa.
A diretora do Procon de Porto Alegre, Flávia do Canto, deu dicas para os consumidores em entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta terça-feira (4). Ela afirmou que o consumidor sai ganhando com a resolução da Anatel, mas reforçou a necessidade de atenção na contratação de serviços.
“Nunca fica claro no contrato qual a velocidade contratada. Às vezes, o consumidor tem um plano ilimitado e pensa que sua internet é ilimitada, mas é o plano de voz, por exemplo”, disse. Outra confusão comum é em relação à velocidade do download de dados e de navegação na rede.
Flávia ainda sugere que a contratação do serviço seja sempre feita presencialmente. “O serviço feito por call center é o que mais gera dúvidas”, afirmou. Além disso, ela fez um alerta para que o consumidor não aceite nenhum plano oferecido por mensagem de texto no celular. Antes de contratar um serviço, quem quiser pode ligar para o Procon da cidade para verificar se a empresa tem muitas reclamações ou não.
Flávia ainda alertou para algumas empresas que afirmam que não podem tirar dúvidas de contratos nas lojas, apenas por call center. “A última resolução da Anatel, que entrou em vigor em março, prevê que as operadoras têm que ofertar todos os serviços dentro da loja”, garantiu. Se isso não acontecer, podem ser feitas denúncias.
Ler o contrato e tirar dúvidas na contratação são maneiras de se evitar confusões. Além disso, denúncias devem ser feitas ao Procon ou à Anatel. “As reclamações devem ser feitas até para que a Anatel tenha dados”, explicou.
Ouça a entrevista de Flávia do Canto no Gaúcha Atualidade