A prefeitura de São Leopoldo retomou a coleta de lixo no município no início da tarde desta sexta-feira (24). O trabalho foi suspenso na noite de quarta-feira (22) em razão de impasse entre o executivo e a empresa responsável pelo recolhimento. Quinze caminhões foram contratados, emergencialmente, para dar início ao trabalho.
Nesta manhã, o executivo já havia disponibilizado um caminhão e equipe para recolher o lixo no Centro e no bairro Fião. Pela tarde, o trabalho foi estendido para os bairros Feitoria, Rio dos Sinos, Madezatti e Brás. A prefeitura ainda faz o planejamento das rotas para os próximos dias. A partir de amanhã, 40 contêineres serão colocados no bairro Arroio da Manteiga e Boa Vista. Dois caminhões farão a coleta. Os locais foram escolhidos em razão da longa distância do aterro sanitário.
Oito cooperativas do município farão a a triagem dos resíduos, que depois serão levados para o aterro de Minas do Leão. A prefeitura entrou com pedido liminar no Ministério Público, para que a SL Ambiental retome os serviços imediatamente. O caso está sendo analisado pelo plantão da justiça do município.
A empresa encaminhou um oficio à prefeitura, nesta quinta-feira (23), dizendo que só voltará ao trabalho caso o executivo firme um acordo para o pagamento da dívida de mais de R$ 35 milhões. "Estamos ainda dependendo que a prefeitura nos apresente um posicionamento firme e definitivo sobre o equacionamento da dívida, possibilitando a empresa, dessa forma, as condições materiais necessárias ao cumprimento adequado do contrato de serviços", diz o documento.
No entanto, segundo o município, houve a repactuação do montante e o pagamento será realizado em 182 vezes. Quatro prestações já teriam sido quitadas.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) oficiou o município, nesta quinta, pedindo que o embargo ao aterro sanitário da cidade fosse revogado. O município, que fechou o espaço alegando que não havia licença para a operação, seguiu a orientação. A falta de um espaço para encaminhar os resíduos também foi um dos motivos apontados para a empresa para paralisar a coleta. No entanto, mesmo com a reabertura, o serviço não foi retomado.
Aterro Sanitário
A visita da Fepam ao aterro sanitário, gerido pela Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), não identificou nenhum problema grave no espaço. No entanto, foi aplicada uma multa de mais de R$ 12 mil por problemas na operação de transbordo, o que não impede o funcionamento do local. Ainda assim, a empresa pode recorrer da punição.