O padrasto de Graciele Uguline depôs na tarde desta sexta-feira (24) no Foro de Santo Ângelo. O depoimento de Sérgio Rolim de Moura era para ter ocorrido no mês passado, mas a testemunha alegou impedimento em razão de ser advogado do médico Leandro Boldrini em processos cíveis na comarca de Três Passos. O Ministério Público, no entanto, exigiu o depoimento do advogado.
Sérgio falou sobre a rotina de Graciele e do marido Leandro Boldrini. Sobre a relação com o Bernardo, disse que o menino não tinha medo de andar com a madrasta e que inclusive já havia viajado sozinho com ela. Segundo o padrasto de Graciele Ugulini, Leandro Boldrini tem envolvimento no crime e considera que houve um complô inicial para que a culpa recaísse só sobre ela. Disse, ainda, acreditar que os dois devem ser responsabilizados pelo crime.
No próximo dia 30, está marcada audiência para ouvir a avó materna do menino Bernardo. Jussara Uglione será ouvida no Foro de Santa Maria.
Testemunhas de defesa
O juiz de Três Passos Marcos Luís Agostini marcou as datas para ouvir as testemunhas de defesa dos réus. As audiências serão realizadas nos dias 26/11 e 27/11. Das 24 pessoas que irão depor no Foro local, duas são testemunhas requisitadas pelo advogado de Graciele Ugulini e as demais pelos de Leandro Boldrini. Ao todo, serão 47 testemunhas nessa fase. As cartas precatórias deverão ser marcadas pelos Juízos das Comarcas onde acontecerão os depoimentos.
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai, a madrasta e uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, respondem na Justiça por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O irmão de Edelvânia, Evandro, também responde por ocultação de cadáver. O pai de Bernardo ainda é acusado por falsidade ideológica