O advogado da avó de Bernardo Boldrini pediu a reabertura do caso da morte da mãe do garoto, Odilaine Uglione. Dois pedidos foram encaminhados na última sexta-feira (17) à Chefia de Polícia Civil e ao Tribunal de Justiça. O motivo do pedido é o resultado de uma nova perícia, encomendada pela família de Odilaine, que aponta que ela foi assassinada e não se matou, como apontou a perícia criminal feita em 2010.
A Rádio Gaúcha teve acesso ao laudo elaborado pelo perito Sérgio Saldiaz, da empresa Sewell Perícia Criminal Forense. O documento aponta a presença de lesões no braço no braço direito de Odilaine, semelhante a arranhões. Além disso, como explica o advogado da família de Odilaine, Marlon Taborda, o resquício de pólvora e a trajetória da bala são outras contradições."O exame resicual de pólvora apontou material somente na mão esquerda e Odilaine era destra. Além disso, o ângulo do tiro mostra que foi outra pessoa que atirou nela e não ela mesma", explica
Odilaine Uglione morreu em fevereiro de 2010, durante o processo de divórcio do marido, o médico Leandro Boldrini. A Polícia Civil investigou o caso e concluiu, na época, que ela cometeu suicídio, com um tiro na boca, dentro do consultório do marido. A família dela desconfiava do crime e sustentava que ela havia sido assassinada.
O menino Bernardo foi encontrado morto em um matagal em Frederico Westphalen em abril deste ano. O pai do garoto, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, estão presos, assim como Evandro e Edelvânia Wirganovicz, acusados de terem cometido o crime.
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai, a madrasta e uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, respondem na Justiça por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O irmão de Edelvânia, Evandro, também responde por ocultação de cadáver. O pai de Bernardo ainda é acusado por falsidade ideológica