O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney, rebateram as suspeitas de corrupção lançadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Por meio da assessoria de imprensa, Sérgio Cabral afirmou que a relação de seu governo com o ex-diretor da Petrobras era institucional. Roseana Sarney também divulgou uma declaração garantindo que nunca solicitou recursos a Paulo Roberto Costa.
O ex-diretor revelou à Polícia Federal por meio de delação premiada os nomes das pessoas que se beneficiavam do esquema de desvio de recursos públicos, conforme reportagem da Revista Veja. Entre elas, Roseana, Cabral, o ex-candidato à presidência Eduardo Campos, recém-falecido, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros.
O PSB divulgou nota anunciando que vai tentar obter na Justiça direito à cópia do depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa à Polícia Federal. O documento assinado pelo presidente do partido, Roberto Amaral, afirma que o PSB vai defender Eduardo Campos em todos os níveis políticos e judiciais. A nota sugere que a inclusão de Campos entre os suspeitos de envolvimento em corrupção na Petrobrás tenha relação com a campanha eleitoral e o desempenho de Marina Silva nas pesquisas.
Nota divulgada neste sábado (04) no site do Partido dos Trabalhadores informa que o secretário nacional de Finanças do partido, João Vaccari Neto, nunca tratou de assunto relativo ao PT com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O texto nega a afirmação de que Vaccari era o intermediário entre o partido e o suposto esquema de doações financeiras. A nota garante que João Vaccari Neto não visita empresas estatais, pois são proibidas por lei de fazer doações eleitorais.
Os três candidatos à Presidência da República que lideram as pesquisas de intenção de voto comentaram as declarações do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa à Polícia Federal publicadas na Revista Veja. A presidente Dilma Rousseff, do PT, prometeu providências, mas disse que é preciso investigar se são verdadeiras as declarações. Marina Silva, do PSB, afirmou que a "má governança" da Petrobrás está ameaçando o futuro da empresa e disse aguardar as investigações. Aécio Neves, do PSDB, chamou o caso de "mensalão 2" e cobrou apuração e responsabilização dos envolvidos.
Líderes da oposição no Congresso Nacional pretendem levar para a CPI mista da Petrobrás as denúncias do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. O líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno, anunciou que pedirá na segunda-feira uma reunião de emergência da CPI.