Postos de saúde da Capital continuam com falta de medicamentos comuns, como para controlar diabetes e colesterol alto. O aposentado Valtor Ferreira Ramos, 80 anos, procurou o Centro de Saúde Santa Marta, no Centro, na segunda-feira e não encontrou os remédios. Foi orientado a procurar uma Farmácia Popular e disse que das cinco caixas dos remédios que precisava para o mês só conseguiu duas.
No final do mês passado, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre disse que faria a compra emergencial imediata de medicamentos em falta. Segundo a pasta, os remédios adquiridos desta forma já estão no depósito central, que está gerenciando agora a distribuição para as unidades de saúde.
Foram comprados nove tipos de remédios, porém a secretaria admite que ainda faltam medicações, mas alega que são problemas pontuais. Entre os motivos apontados, casos de atrasos na entrega em função do não cumprimento dos prazos por parte dos fornecedores, falhas no atendimento aos requisitos das licitações e outros aspectos administrativos.
Sobre a proposta de retirar medicamentos das unidades de saúde e transferir a distribuição para farmácias populares, ainda não há nenhuma definição da secretaria sobre quais farmácias dos postos de saúde serão fechadas e nem quando isso vai ocorrer. E a Secretaria argumenta que os medicamentos continuarão ao alcance da população, apenas deixarão de ser comprados pelo municípios aqueles que o Governo Federal fornece.