
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está organizando famílias com o objetivo de ampliar acampamentos de áreas ocupadas desde o final do mês de abril no interior do Estado. Em Passo Fundo, 120 famílias do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens estão instalados em uma fazenda do advogado Maurício Dall'Agnol, que é procurado pela Interpol.
Os sem terra também estão acampados em Cruz Alta e Catuípe. Em Pelotas, já houve a concessão de um mandado de reintegração de posse, que ainda não foi cumprido. O movimento promete permanecer nos locais por tempo indeterminado.
"São mais de mil famílias que já se encontram nos acampamentos, e há um processo de organização de novas famílias para os próximos dias", afirma Cedenir Oliveira, da coordenação estadual do MST. O movimento considera lento o ritmo de assentamentos nos últimos quatro anos. Segundo o MST, foram cerca de 200 famílias no Rio Grande do Sul.
Nesta segunda-feira (12), representantes do MST, do Incra e do governo do Estado irão se reunir em Porto Alegre para debater a situação dos sem terra. O movimento exige o cadastramento de novas famílias e o estabelecimento de um cronograma de assentamento para 2014.