O pai do menino Bernardo, o médico Leandro Boldrini, foi transferido na madrugada desta quarta-feira (30) de Ijuí, no noroste do Estado, para a penitenciária de alta segurança de Charqueadas. Ele teria sido ameaçado de morte pelos presos.
Boldrini havia sido transferido no dia 28 para o presídio de Ijuí. O médico é suspeito de envolvimento na morte de Bernardo, encontrado morto no dia 14 de abril em um matagal de Frederico Westphalen.
A assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga da madrasta da vítima, foi transferida da região Nororeste para a Penitenciária Feminina de Guaíba. O Tribunal de Justiça confirma que as transferências foram autorizadas por questões de segurança. Graciele Ugulini, permanece em Ijuí. Ela está prestando depoimento para policiais dentro do presídio local. É a segunda vez que a madrasta de Bernardo fala sobre o caso à polícia.
Entenda o caso
Bernando Uglione Boldrini foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai chegou a afirmar que o garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no dia 4, quando teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Bernardo deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu.
Após dez dias de investigações, foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela. A suspeita é de que o menino tenha sido morto com uma injeção letal. Em entrevista coletiva, a delegada Virgínia Bamberg Machado, responsável pelo caso, afirmou não ter dúvidas do envolvimento dos três na morte de Bernardo.