A Rússia retomou seus bombardeios na Ucrânia nesta segunda-feira (21), fim do frágil cessar-fogo declarado para a Páscoa, o qual os dois lados se acusam de violar.
Em seu relatório diário, o Ministério da Defesa russo anunciou que Moscou realizou ataques contra alvos militares em 74 locais na Ucrânia.
Em Dnipro, no centro da ex-república soviética, o governador regional Sergii Lisak anunciou que drones foram lançados pelos militares russos e disse que uma casa havia sido danificada.
Também informou sobre um incêndio em uma fábrica de alimentos, embora sem feridos.
Vitali Kim, governador da região sul de Mykolaiv, disse que os ataques aéreos russos também foram retomados na região.
"Na madrugada de 21 de abril, às 4h57 (1h37 GMT, 22h37 de domingo em Brasília), o inimigo atacou a cidade com mísseis, cujo momento ainda está sendo determinado. Não houve vítimas nem danos", relatou.
Putin anunciou inesperadamente uma "trégua humanitária" de 30 horas para a Páscoa no sábado, entre 18h00 (15h00 GMT, 12h00 em Brasília) de sábado e meia-noite de domingo (21h00 GMT, 18h00 em Brasília).
Zelensky respondeu no sábado prometendo respeitar o cessar-fogo.
Mas no domingo, Zelensky acusou a Rússia de violar a trégua da Páscoa mais de 2.000 vezes, sem que houvesse alertas de ataque aéreo no território, e propôs estender a interrupção dos bombardeios.
O presidente ucraniano propôs "cessar os bombardeios com drones e mísseis de longo alcance contra infraestruturas civis por um período de 30 dias".
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev nesta segunda-feira de abrigar alvos militares em locais civis, mas não descartou formalmente a extensão da trégua.
"Tudo isso merece ser analisado com cuidado. Talvez de forma bilateral, como resultado de diálogos. Não descartamos essa possibilidade. Analisaremos tudo isso e tomaremos as decisões apropriadas", disse à imprensa russa.
* AFP
