
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma trégua na guerra contra Ucrânia, que valerá de 8 a 10 de maio. No entanto, alertou que se Kiev violar o cessar-fogo, o exército russo responderá.
A data escolhida marca o 80º aniversário da vitória da Rússia sobre a Alemanha nazista. Em 9 de maio, a Rússia celebra o feriado em comemoração ao "Dia da Vitória".
"Da meia-noite de 7 e 8 de maio e até a meia-noite de 10 e 11 de maio, o lado russo anuncia um cessar-fogo. Caso o lado ucraniano viole o cessar-fogo, as forças armadas russas responderão de forma apropriada e eficaz", disse o Kremlin em um comunicado.
O Kremlin reiterou que a Rússia está disposta a iniciar "negociações de paz sem condições prévias". Putin já havia anunciado uma trégua de 19 a 20 de abril, durante a Páscoa, mas os dois lados trocaram acusações de violação da pausa.
Reações
Após o anúncio de Putin, a Ucrânia reagiu, pedindo que a Rússia aceite um cessar-fogo "imediato" de pelo menos 30 dias.
"Se a Rússia realmente quer a paz, deve cessar fogo imediatamente", disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sibiha, na rede X. "Por que esperar até 8 de maio?"
A Casa Branca também reagiu ao anúncio, dizendo que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer um cessar-fogo "permanente" na Ucrânia, não a pausa de três dias.
— Ele está cada vez mais frustrado com os líderes de ambos os países — disse Karoline Leavitt, porta-voz do governo dos EUA — Ele quer um cessar-fogo permanente. Pelo que entendi, Vladimir Putin ofereceu um cessar-fogo temporário esta manhã. O presidente deixou claro que quer primeiro um cessar-fogo permanente para pôr fim à matança e ao derramamento de sangue.