Os preços do petróleo, que operaram no azul no começo da sessão, fecharam em queda nesta quarta-feira (23), puxados por informações da imprensa, segundo as quais vários membros da Opep+ teriam sugerido aumentar a produção de petróleo em junho.
O preço do barril de Brent do mar do Norte para entrega em junho fechou em queda de 1,96%, a 66,12 dólares.
Seu equivalente americano, West Texas Intermediate, para entrega em maio, no primeiro dia em que é usado como contrato de referência, recuou 2,20%, a 62,27 dólares.
Segundo a agência de notícias Reuters, que citou fontes não identificadas próximas ao tema, os membros da Organização de Países Exportadores do Petróleo e seus aliados (Opep+) informaram que querem aumentar a produção do cartel em junho para um volume similar ao acordado para maio.
A Opep+ tinha previsto aumentar sua produção em 411.000 barris diários em maio, o que contribuiu em grande medida para a queda dos preços desde o começo de abril.
Desde o fim de 2022, o cartel, e a Arábia Saudita em particular, está organizando uma estratégia de redução da oferta para manter um nível de preços que lhe permita manter sua renda no longo prazo.
Ole R. Hvalbye, analista da SEB, declarou à AFP que a Opep+ "está exibindo os músculos para demonstrar que ainda pode produzir muito mais e que não perdeu seu poder para determinar os preços".
Nos Estados Unidos, as reservas comerciais de petróleo registraram, na semana passada, uma alta menor que o esperado, segundo dados publicados pela Agência de Informação sobre Energia (EIA) dos Estados Unidos.
Este dado é favorável aos preços do petróleo, segundo Robert Yawger, da Mizuho USA, pois mostra em particular que "a demanda de gasolina aumentou em 900.000 barris" diários.
* AFP