
O governo do México não descarta a possibilidade de aplicar tarifas recíprocas aos Estados Unidos, seu principal parceiro comercial, disse a presidente Claudia Sheinbaum na segunda-feira (7).
O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas impostas por Donald Trump, já que os Estados Unidos são o destino de 80% de suas exportações e seu maior parceiro comercial, graças ao tratado de livre comércio T-MEC, que também inclui o Canadá.
— Na medida do possível, queremos evitar impor tarifas recíprocas (...) Não as descartamos, mas preferimos continuar o diálogo antes de tomar qualquer outra medida — disse a presidente, em meio à guerra comercial global desencadeada por Washington na semana passada.
Claudia explicou que o motivo para não responder às tarifas dos EUA, que no caso do México afetam o aço e o alumínio e parcialmente a indústria automotiva, é que isso se refletiria em "aumentos de preços" desses produtos no seu país.
— É claro que queremos proteger a indústria mexicana, as empresas mexicanas, mas estamos buscando chegar a um acordo prévio com os Estados Unidos — acrescentou a presidente de esquerda.
As tarifas recíprocas, que Trump aplicou em 2 de abril a dezenas de países, excluem, no caso do México e do Canadá, todos os bens exportados sob as regras do T-MEC.