O governo ucraniano aprovou, nesta terça-feira (15), a destituição do governador regional de Sumy, acusado de negligência por algumas autoridades após um duplo ataque com mísseis russos que deixou 35 mortos e mais de 100 feridos na cidade.
Uma deputada e o prefeito de uma cidade da região acusaram o governador Volodimir Artiukh de ter autorizado uma cerimônia de entrega de condecorações a militares em Sumy no domingo, considerando que pode ter servido de pretexto para que a Rússia atacasse a cidade.
Nesta terça-feira, o governo anunciou ter aprovado um projeto de decreto presidencial para destituir o governador, mas a decisão formal sobre sua destituição ainda não foi publicada e nenhuma explicação oficial foi dada.
Um alto funcionário ucraniano declarou à AFP que o desempenho do governador era considerado insatisfatório há tempos, descrevendo Artiukh como um "gestor muito medíocre" no cargo que ocupava há dois anos.
O ataque contra Sumy, um dos mais mortais em três anos de invasão russa à Ucrânia, foi "a última gota trágica" que levou à sua destituição, acrescentou o funcionário sob condição de anonimato.
O Exército russo afirmou em um comunicado na segunda-feira que suas forças haviam atacado com dois mísseis balísticos Iskander "os locais de uma reunião" militar em Sumy.
Embora esse ataque, que matou vários civis, tenha causado consternação mundial, a Rússia desviou as acusações contra a Ucrânia por organizar tais eventos "no centro de uma cidade densamente povoada".
* AFP