A China anunciou, nesta quarta-feira (9), ter recorrido à Organização Mundial do Comércio (OMC) após a imposição por parte dos Estados Unidos, mais cedo, de novas tarifas sobre os produtos chineses.
O gigante asiático, segunda maior economia do mundo, se opõe à maciça campanha de tarifas lançada pelo presidente americano, Donald Trump, que abala o sistema comercial internacional.
A China é a principal vítima das novas medidas americanas que entraram em vigor nesta quarta-feira. As tarifas sobre seus produtos aumentaram de 34% para 84%.
Aumento que se soma aos 20% imposto pelos Estados Unidos sobre os bens chineses desde janeiro.
"Esse aumento adicional de 50% nas tarifas é um novo erro que se soma aos anteriores e põe em destaque a natureza unilateral e coercitiva das medidas americanas", denunciou, na noite de quarta-feira, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.
"A China iniciou um procedimento ante o mecanismo de resolução de disputas da OMC", destacou em um comunicado.
Pequim "defenderá firmemente seus direitos e interesses legítimos e defenderá o sistema comercial multilateral, assim como a ordem econômica e comercial internacional", concluiu.
A China também anunciou, nesta quarta-feira, que subirá suas tarifas sobre os produtos americanos para 84%, e não para 34% como previsto inicialmente, o que constitui uma nova escalada na guerra comercial entre Pequim e Washington.
* AFP