Um bombardeio atingiu, neste domingo (27), um subúrbio ao sul de Beirute, no Líbano, reduto do movimento islamista Hezbollah, depois que o Exército israelense emitiu um aviso para que a área fosse evacuada, informa um jornalista da AFP.
O repórter viu fumaça saindo de um prédio no bairro de Hadath depois do ataque. Esse é o terceiro bombardeio na periferia sul de Beirute desde o cessar-fogo de 27 de novembro, que encerrou mais de um ano de guerra aberta entre o movimento xiita apoiado pelo Irã e Israel.
Os jornalistas da AFP em Beirute ouviram as sirenes de ambulâncias se deslocando rumo à periferia sul.
O bombardeio ocorreu depois que os militares israelenses pediram aos moradores uma postagem na rede social X que evacuassem "com urgência" a área, alertando sobre o bombardeio iminente de "instalações pertencentes ao Hezbollah".
Pouco depois, Israel disse que havia atingido um paiol de "mísseis de precisão" pertencentes ao movimento islamista.
Segundo meios de comunicação locais, o prédio atingido era um "hangar". Nas imagens transmitidas, era possível ver um grande incêndio.
O presidente libanês Joseph Aoun pediu a Estados Unidos e a França, garantidores do acordo de cessar-fogo, que "assumam sua responsabilidade e obriguem Israel a cessar seus ataques imediatamente".
Os dois lados se acusam regularmente de violar o cessar-fogo e Israel continua a realizar bombardeios frequentes no Líbano e mantém suas tropas no sul do Líbano, em uma área que faz fronteira com o norte de Israel.
Após a eclosão da guerra na Faixa de Gaza entre o Hamas e Israel, desencadeada em 7 de outubro de 2023 por um ataque do movimento islamista palestino em território israelense, o Hezbollah, que afirma agir em apoio ao Hamas, abriu uma frente contra Israel.
Em setembro de 2024, o conflito evoluiu para uma guerra aberta com um pesado bombardeio israelense no Líbano, principalmente contra os bastiões do Hezbollah.
* AFP