O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu nesta segunda-feira (17) o chefe de uma companhia aérea regional para dirigir a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), uma agência que enfrenta questionamentos após um acidente mortal registrado em janeiro.
Trump designou Bryan Bedford, diretor-executivo da Republic Airways, para liderar esta agência que gerencia a Organização de Tráfego Aéreo e está supervisionando as operações de segurança da Boeing após uma série de incidentes de grande repercussão.
Sua indicação, no entanto, requer a confirmação do Senado.
Em sua rede Truth Social, Trump citou as mais de três décadas de experiência em aviação de Bedford e garantiu que ele vai trabalhar com o Departamento de Transporte "para reformar energicamente a agência", "proteger" as exportações e "garantir a segurança de quase um bilhão de deslocamentos anuais de passageiros".
Em nota da Republic Airways, Bedford afirmou que pretende "desenvolver e lançar um novo sistema de controle aéreo, moderno e rentável, que proporcione uma rede de aviação mais segura e eficiente", objetivos para os quais pediu o apoio do Congresso.
Na semana passada, a FAA anunciou novas restrições ao trânsito de helicópteros perto do aeroporto de Washington, onde um avião colidiu com um Black Hawk militar em 29 de janeiro, matando 67 pessoas.
O incidente, que pôs fim a uma sequência de 16 anos sem acidentes aéreos comerciais fatais nos Estados Unidos, agravou a preocupação em torno do sistema local de controle aéreo, que alguns consideram um trabalho com falta de pessoal e repleto de equipamentos antigos.
A agência também é alvo dos cortes de pessoal da comissão de eficiência governamental (DOGE) dirigida pelo magnata Elon Musk, agora assessor próximo de Trump.
A FAA também está em contato estreito com a Boeing, enquanto implementa reformas de segurança e controle de qualidade após um incidente ocorrido em janeiro de 2024 em um Boeing 737 MAX, no qual a escotilha da porta se soltou em pleno voo.
Esse incidente ocorreu após dois acidentes mortais de seu modelo MAX em 2018 e 2019 em Indonésia e Etiópia.
* AFP