
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em ligação telefônica no sábado (15), que há "necessidade de um cessar imediato do uso da força" contra os Houthis no Iêmen. As informações são do jornal O Globo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, havia determinado uma operação militar "decisiva e contundente" contra os rebeldes. Bombardeios já deixaram ao menos 31 mortos e 101 feridos no Iêmen.
Conforme o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov ainda afirmou que as partes devem iniciar um "diálogo político" para evitar "um maior derramamento de sangue".
A Rússia já havia condenado ataques dos EUA e do Reino Unido contra o Iêmen no ano passado e tem mantido conversas com os Houthis, que são apoiados pelo Irã, aliado de Moscou.
O governo russo e os EUA se aproximaram desde o retorno de Trump à Casa Branca, sobretudo para discutir um acordo de cessar-fogo na guerra que envolve a Ucrânia.
A ofensiva contra os Houthis ocorreu após o grupo anunciar planos de retomar ataques contra navios israelenses, que haviam sido suspensos com o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Os rebeldes, por sua vez, acusaram os EUA de cometer um "crime de guerra" e disseram que estavam preparados para intensificar o conflito.