Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (12) devido a uma previsão de produção mundial para 2025 revisada para baixo pela Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA) e a vários indicadores encorajadores de demanda.
Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio teve um aumento de 2,00%, sendo cotado a 70,95 dólares.
Enquanto isso, em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI) dos Estados Unidos para entrega em abril subiu 2,16%, fechando a 67,68 dólares.
A EIA prevê que "os estoques mundiais de petróleo diminuirão no segundo trimestre de 2025, em parte devido a uma queda na produção de petróleo bruto no Irã e na Venezuela", segundo seu relatório mensal sobre perspectivas energéticas.
Desde seu retorno à Casa Branca, em janeiro, o republicano Donald Trump restabeleceu sua política de "pressão máxima" sobre o Irã, com novas sanções contra seu setor petrolífero, além de ameaçar recorrer à força militar.
Os Estados Unidos também anularam a licença de exploração de petróleo da empresa Chevron na Venezuela, e as medidas contra esses dois países podem se intensificar, segundo analistas.
O preço do petróleo também foi impulsionado pelo último relatório sobre estoques nos Estados Unidos, divulgado pela mesma EIA.
Os estoques comerciais de petróleo nos Estados Unidos cresceram menos do que o esperado na semana passada, aumentando 1,4 milhão de barris, enquanto analistas previam um aumento de 2 milhões, de acordo com o consenso coletado pela Bloomberg.
Sobretudo, "a demanda por gasolina teve um aumento significativo", disse à AFP John Kilduff, analista da empresa Again Capital, referindo-se a um crescimento de 300 mil barris diários.
Além disso, o cartel internacional OPEP manteve sua previsão de crescimento da demanda por petróleo para 2025 e 2026, conforme emitido em fevereiro, devido ao impacto do transporte aéreo e terrestre, segundo seu último relatório mensal publicado nesta quarta-feira.
O mundo consumirá cerca de 105,2 milhões de barris diários de petróleo em 2025, mais do que os 103,75 milhões em 2024, indicou o relatório.
"Essas perspectivas positivas de demanda são muito importantes para impulsionar os preços após a queda que sofreram", resumiu Kilduff.
* AFP