A OpenAI, empresa líder em inteligência artificial (IA) e criadora do ChatGPT, anunciou nesta segunda-feira (31) que está desenvolvendo um modelo de IA generativa mais aberto, diante da crescente concorrência no espaço de código aberto de seus rivais DeepSeek e Meta.
O anúncio marca uma mudança estratégica na OpenAI, que até agora tem sido uma firme defensora dos modelos fechados e exclusivos que não permitem aos desenvolvedores modificar a tecnologia básica para adaptar a IA a seus objetivos.
A notícia chega também em um momento em que a empresa tem se apoiado no sucesso de suas últimas funções de geração de imagens no ChatGPT, líder mundial no setor.
A OpenAI e os defensores dos modelos fechados, como o Google, denunciam frequentemente os modelos abertos como mais arriscados e vulneráveis a usos nocivos por parte de maus atores ou adversários estrangeiros.
A adoção de modelos fechados por parte da OpenAI também tem sido ponto-chave da discórdia em suas batalhas com o antigo investidor Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo.
O bilionário pediu à OpenAI que honre o espírito do nome da empresa e "volte a ser a força do bem de código aberto e centrada em segurança que uma vez foi".
Muitas grandes empresas e governos mostram-se relutantes em construir seus produtos ou serviços de IA com modelos sobre os quais não têm controle, especialmente por considerarem a segurança dos dados uma preocupação.
O maior diferencial anunciado sobre a família de modelos Llama da Meta e os modelos do chinês DeepSeek é abordar essas preocupações ao permitir que as empresas baixem seus modelos e tenham muito mais controle para modificar a tecnologia para seus próprios fins e manter o controle de seus dados.
O diretor-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, disse no início do mês que o Llama havia atingido 1 bilhão de downloads. Entretanto, o lançamento em janeiro do modelo R1 da DeepSeek, de menor custo, abalou o mundo da IA.
"Estamos pensando nisso há muito tempo, mas outras prioridades prevaleceram. Agora parece importante fazer isso", declarou no X o diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman.
* AFP