Nove pessoas foram detidas por sua provável relação com o ataque a um bar que deixou 10 mortos em novembro passado em Querétaro (centro), considerado um dos estados mais seguros do México, informaram as autoridades nesta quinta-feira (20).
As detenções ocorreram durante ações simultâneas em Querétaro e no vizinho Guanajuato, assim como em Yucatán (sudeste), informou em um comunicado a Secretaria de Segurança (Ministério).
Em 9 de novembro de 2024, um grupo armado invadiu um bar e abriu fogo contra diversas pessoas que estavam no local aproveitando o fim de semana.
O secretário de Segurança, Omar García Harfuch, informou na rede social X que entre os capturados estão José Francisco "N" (por lei, os sobrenomes são reservados), apelidado de "Alfa 1", que seria o "líder da célula criminosa responsável pelo ataque", e Sandra "N", conhecida como "La Patrona", acusada de compra e venda de drogas.
Essas duas pessoas foram detidas em uma casa em Querétaro e também são consideradas "principais operadoras de uma aliança entre grupos criminosos".
A Secretaria de Segurança acusou ambos de executar ataques contra facções rivais e autoridades, além de outros crimes como sequestro, roubo de combustível e narcotráfico. No entanto, não informou o motivo do crime ocorrido em novembro passado.
O "chefe de homicidas e traficantes" do grupo criminoso, José Remedios "N", foi preso em Yucatán, acrescentou o secretário de Segurança (ministro).
O assassinato de 10 pessoas no bar chocou o estado de Querétaro e sua capital homônima, uma cidade colonial que, em setembro passado, sediou a edição mexicana do Hay Festival, um encontro de artistas e intelectuais.
A cidade de Querétaro fica cerca de 200 quilômetros a noroeste da capital e é considerada uma das mais seguras do México, onde a onda de violência ligada ao narcotráfico já resultou em quase 480 mil assassinatos desde 2006.
Apesar de fazer fronteira com Guanajuato, o estado mais violento do país, Querétaro registrou em 2024 apenas 0,7% dos homicídios ocorridos no México, segundo dados oficiais.
* AFP