Os ataques dos Estados Unidos contra os houthis do Iêmen mataram "vários" líderes rebeldes, informou a Casa Branca neste domingo (16), acrescentando que o Irã foi alertado para interromper o apoio ao grupo.
Os ataques aéreos de sábado "visaram vários líderes houthis e os eliminaram", disse o conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, à ABC News.
"Advertimos o Irã de que já basta", acrescentou ele em outra entrevista à Fox News, referindo-se ao apoio de Teerã ao grupo rebelde iemenita.
Ele também reiterou a advertência de Washington de que "todas as opções estão sobre a mesa" para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear.
Os ataques americanos no sábado - os primeiros contra os rebeldes iemenitas desde o retorno do presidente Donald Trump à Casa Branca - deixaram pelo menos 31 mortos e 101 feridos, informou o Ministério da Saúde Houthi no domingo.
O grupo apoiado por Teerã, que controla grande parte do Iêmen há mais de uma década, opõe-se fortemente a Israel e aos EUA e afirma que seus ataques a navios no Mar Vermelho são um protesto contra a guerra de Israel em Gaza.
Os houthis lançaram inúmeros ataques com drones e mísseis contra navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden desde o início do bombardeio israelense ao território palestino em outubro de 2023.
De acordo com o Pentágono, os navios de guerra dos EUA foram atacados 174 vezes e as embarcações comerciais 145 vezes desde 2023, colocando pressão em uma rota marítima que normalmente recebe 12% do tráfego marítimo mundial.
Em uma longa postagem no Truth Social, no sábado, anunciando a ofensiva, Trump advertiu os líderes houthis: "SEUS ATAQUES DEVEM PARAR A PARTIR DE HOJE! CASO CONTRÁRIO, O INFERNO VIRÁ SOBRE VOCÊS COMO NUNCA VIRAM ANTES!".
Em fevereiro, o magnata republicano enviou uma carta ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, propondo conversações sobre o programa nuclear iraniano e afirmando que, na ausência de um acordo, a questão poderia ser tratada "militarmente".
Teerã respondeu que não negociaria sob "ameaças".
Waltz, em sua entrevista à ABC, declarou categoricamente: "O Irã não pode ter uma arma nuclear. Todas as opções estão sobre a mesa para garantir que isso não aconteça".
"Não podemos viver em um mundo com aiatolás com o dedo no botão nuclear", acrescentou.
* AFP