A Colômbia, maior produtora de cocaína do mundo, lançou uma "ofensiva diplomática" para impedir que os Estados Unidos retirem sua certificação no combate às drogas em meio ao cultivo recorde, anunciou o embaixador em Washington nesta quinta-feira (13).
Perder a certificação impediria a Colômbia de receber milhões de dólares em ajuda dos EUA para combater cartéis, algo que não acontece há quase três décadas.
"Estamos realizando uma ofensiva diplomática. Não vamos ficar de braços cruzados. Estamos explicando várias coisas" para demonstrar os esforços da Colômbia contra o narcotráfico, disse Daniel García-Peña à Blu Radio.
O presidente dos EUA, Donald Trump, deve decidir até 15 de setembro se mantém a certificação.
"É preciso manter e a ideia é continuar trabalhando, como temos feito há muitos anos (...). O trabalho da Colômbia torna os Estados Unidos mais fortes, mais seguros e mais prósperos", acrescentou García-Peña.
Os esforços da Colômbia ocorrem no momento em que o país enfrenta sua pior crise de segurança em uma década devido à violência perpetrada por grupos armados ilegais financiados pelo tráfico de cocaína.
Em 2023, o país registrou uma produção recorde dessa droga, com 2.600 toneladas anuais, e um aumento de 10% no cultivo da folha de coca, seu principal componente, segundo a ONU.
* AFP