O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que "recomendará", mas "não vai impor" seu plano para que os americanos assumam o controle da Faixa de Gaza e realoquem seus mais de dois milhões de habitantes em países vizinhos.
As palavras de Trump, em declarações feitas na sexta-feira (21) a um programa de rádio da Fox News por telefone, representam um passo atrás em relação a uma ideia que provocou protestos internacionais e encontrou uma oposição generalizada dos países árabes.
"Estamos dando à Jordânia e ao Egito bilhões de dólares por ano. Fiquei um pouco surpreso que eles dissessem o que disseram", ressaltou o mandatário, em referência à negativa dos dois países em acolher os habitantes de Gaza, como sugeriu Trump.
"E eu digo, meu plano é o caminho a seguir. Acho que é um plano que realmente funciona, mas não vou impor. Simplesmente vou me sentar e recomendar", acrescentou.
Vários países do Golfo, Egito e Jordânia realizaram na mesma sexta-feira uma cúpula "informal" em Riade para discutir um plano alternativo depois de condenarem unanimemente a proposta do presidente dos Estados Unidos de transformar a Faixa de Gaza em uma "Riviera do Oriente Médio".
O plano, que muitos observadores consideram irrealista, implicaria que os Estados Unidos assumissem o controle deste território palestino devastado por mais de 15 meses de ataques de Israel e deslocassem seus 2,4 milhões de habitantes para Jordânia e Egito.
O projeto provocou protestos internacionais, mas Israel o apoiou. Trump reiterou em várias ocasiões seu desejo de implementá-lo.
* AFP