
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, furioso com um novo livro sobre ele, ameaçou nesta quarta-feira (26) processar autores, editoras e veículos de comunicação que usam fontes anônimas.
Esta ameaça a uma prática comum de usar fontes não identificadas nas publicações jornalísticas ocorre após o próprio magnata e sua equipe criticarem o novo livro do repórter Michael Wolff.
Entre outras afirmações explosivas, o livro diz que após sobreviver a uma tentativa de assassinato no ano passado durante a campanha eleitoral, Trump "parecia possivelmente à beira do colapso", incapaz de terminar frases e com fortes ataques de fúria.
Em sua plataforma Truth Social, o republicano disse que após o "melhor mês de posse" de um presidente no poder, "livros e histórias falsas" estão sendo publicados com tais fontes.
"Em algum momento, vou processar alguns desses escritores e editores de livros desonestos" ou "até mesmo a mídia em geral" para descobrir se essas fontes existem. E "a maioria delas não existe", disse ele.
"São inventadas, é ficção difamatória e um preço alto deveria ser pago por esta desonestidade descarada. Farei como um serviço a nosso país. Quem sabe, talvez criemos alguma BOA NOVA LEI", disse o republicano.
O novo livro de Wolff, que também tem um livro sobre o início do primeiro mandato de Trump, cita uma fonte da residência Mar-a-Lago na Flórida, que diz que a esposa do magnata, Melania, o odeia.
As ações judiciais têm sido a marca registrada do presidente desde que atuava no setor imobiliário em Nova York.
Trump também ataca frequentemente a imprensa tradicional, a que chama de mídia de "notícias falsas".
A Casa Branca anunciou na terça-feira que decidirá quais jornalistas terão acesso aos eventos do presidente americano, tirando este poder de uma associação de meios de comunicação independentes dos EUA que administrava esta escolha há cerca de um século.
* AFP