A Rússia afirmou nesta quinta-feira (20) que concordou em retomar o diálogo com os Estados Unidos sobre todas as questões pendentes, incluindo a troca de prisioneiros.
"Decidimos começar a retomada do diálogo russo-americano em todos os parâmetros", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao ser questionado por jornalistas sobre uma eventual troca de prisioneiros entre Moscou e Washington.
"O tema está na agenda das nossas relações bilaterais, não devemos descartá-lo", comentou Peskov.
O porta-voz do Kremlin também falou sobre a posição do presidente americano, Donald Trump, a respeito da Ucrânia e destacou que Moscou está "absolutamente de acordo" com ela.
"Falam da necessidade de estabelecer a paz o mais rápido possível e de fazê-lo por meio de negociações. Já mencionamos também que esta posição nos é mais favorável do que a da administração anterior e que estamos absolutamente de acordo com a atual administração americana", disse Peskov.
Segundo ele, os Estados Unidos "foram e continuam sendo a principal locomotiva" e a fonte da "maior contribuição financeira para alimentar" o conflito na Ucrânia.
Apesar da retomada do diálogo, ele recordou que no momento há "poucas coisas concretas" para alcançar uma resolução do conflito, devido sobretudo às "divergências entre Washington e Kiev".
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, deve receber nesta quinta-feira o enviado especial dos Estados Unidos, Keith Kellogg, depois de ter sido alvo de duras críticas de Trump.
Na quarta-feira, o presidente americano chamou Zelensky de "ditador" e afirmou que Moscou "tem as cartas" para acabar com os combates.
* AFP