A Casa Branca disse nesta sexta-feira (21) que os cartéis de drogas "estão de sobreaviso" e ameaçou "abrir as portas do inferno" contra eles para garantir a segurança na fronteira com o México.
Desde que voltou ao poder em 20 de janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou guerra aos cartéis de drogas mexicanos, que ele acusa de fabricar fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína, que causa milhares de mortes por overdose por ano nos Estados Unidos.
"Vamos abrir os portões do inferno contra os cartéis. Já é o bastante. Estamos protegendo nossa fronteira e os cartéis estão avisados", disse o assessor de segurança nacional de Donald Trump, Mike Waltz, nesta sexta-feira, em uma convenção ultraconservadora perto de Washington.
"Vocês viram imagens do exército mexicano fazendo patrulhas conjuntas com nossa alfândega e polícia de fronteira e nosso exército para proteger a fronteira dos EUA, porque sem uma fronteira, você não tem um país e não tem soberania", acrescentou.
Ele acrescentou à lista a gangue M-13 (ou Mara Salvatrucha) e o Tren de Aragua, uma gangue criada na Venezuela.
Essas designações "nos dão uma ferramenta valiosa para cortar qualquer associação que eles possam ter, não apenas com cidadãos americanos, mas com qualquer outra empresa ou indivíduo em todo o mundo que os esteja ajudando", disse o chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio, na noite de quinta-feira em uma entrevista no X.
Perguntado se ele permitiria o uso de força militar contra os cartéis, Rubio disse que "depende de onde eles estão".
"No caso do México, a preferência é sempre trabalhar em conjunto com nossos parceiros" no México e fornecer a eles "muitas informações sobre quem são e onde estão", disse ele.
Mas "se, no final, essas pessoas representarem uma ameaça iminente aos Estados Unidos ou cruzarem nossas fronteiras (...), isso nos dará as ferramentas para ir atrás delas" usando "qualquer agência que tivermos disponível", explicou.
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* AFP