Donald Trump ratificou nesta quarta-feira (29) uma lei que estipula a detenção automática de migrantes em situação irregular acusados de alguns crimes, incluindo o roubo.
A lei leva o nome de Laken Riley, uma estudante de enfermagem de 22 anos assassinada por um venezuelano em situação irregular que estava sendo procurado por roubo em lojas. Ele foi condenado à prisão perpétua.
Trump recebeu na Casa Branca os pais de Laken Riley.
"Manteremos viva a memória de Laken em nossos corações para sempre", disse o republicano.
"Com a ação de hoje, seu nome também viverá para sempre nas leis do nosso país, e esta é uma lei muito importante", acrescentou.
Este é o primeiro projeto de lei que Trump assina em seu segundo mandato. O texto foi aprovado pelo Congresso, de maioria republicana, apenas dois dias após a posse do republicano em 20 de janeiro.
De acordo com essa legislação, as autoridades poderão deter qualquer migrante que tenha cometido "roubo, furto, roubo em lojas ou agressão a um agente da lei, ou qualquer crime que resulte em morte ou lesões corporais graves a outra pessoa".
Os congressistas democratas denunciaram o custo exorbitante da lei. Estima-se que o custo será de US$ 83 bilhões (R$ 486,3 bilhões) nos primeiros três anos.
Algumas associações também se opõem à norma.
"Essa legislação não garantirá nem melhorará a segurança pública e, quando combinada com as políticas de aplicação de lei cegas e caóticas do presidente, não oferece nenhuma solução política substancial que tenha algum efeito positivo mensurável", afirmou Kelli Stump, presidente da Associação de Advogados de Imigração Americana (Aila) quando foi adotada pelo Congresso.
A luta contra a migração ilegal é a principal prioridade de Trump, que pouco depois de assumir o cargo assinou uma série de decretos, muitos deles para bloquear a entrada ou facilitar a expulsão de migrantes em situação irregular.
* AFP