Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, afirmou na terça-feira (7) que irá renomear o Golfo do México para "Golfo da América". A fala vem poucas horas após sugerir a incorporação do Canadá ao seu país depois que o primeiro-ministro, Justin Trudeau, renunciou ao cargo.
Ele também reforçou a possibilidade de tomar o controle de o Canal do Panamá ou da Groenlândia com ajuda do Exército.
— Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para "Golfo da América", que nome bonito. É apropriado porque o México tem um déficit enorme com a gente, e nós fazemos todo o trabalho lá — afirmou o republicano durante uma coletiva de imprensa realizada em Mar-a-Lago.
Trump, que tomará posse no dia 20 de janeiro, não especificou como pretende realizar a alteração. Também não ficou claro se a medida seria uma forma de buscar controle na região.
Nos Estados Unidos, o termo "América" é utilizado para designar apenas o país, e não o continente americano de forma completa.
Canal do Panamá
A respeito do Canal do Panamá, o presidente eleito reforçou sua intenção de retomar o poder da área, e acusou a China de estar envolvida com a administração do local.
— O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro — disse Trump.
Atualmente controlado pelo Panamá, o Canal esteve sob responsabilidade dos EUA até 1999.
Groenlândia
Seguindo uma lógica similar, o republicano relatou que considera impor sanções econômicas à Dinamarca, nação europeia que administra a Groenlândia.
Em 2019, durante seu primeiro mandato, Trump havia afirmado que os Estados Unidos deveriam "comprar a ilha". Na ocasião, o país europeu respondeu que não estava vendendo seus territórios.
— Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional — afirmou Trump.
A Dinamarca é uma aliada de longa data do governo estadunidense, e a ilha, localizada no Atlântico Norte, abriga uma base militar dos EUA.
Oriente Médio
Ameaçando o grupo terrorista Hamas, o presidente eleito afirmou que irá "abrir as portas do inferno" no Oriente Médio caso reféns israelenses mantidos pelo grupo não sejam libertados até a data de sua posse.
— Se os reféns não estiverem de volta até o momento em que eu assumir o cargo, o inferno irá se desencadear no Oriente Médio, e isso não será bom para o Hamas e, francamente, não será bom para ninguém — afirmou.
Outras Falas
Ao longo da coletiva, o presidente eleito também criticou a Otan e o atual presidente, Joe Biden, afirmando que o democrata "não sabe fazer nada". Trump também culpou o predecessor pela Guerra na Ucrânia, afirmando que o conflito tem chances de escalar.