O novo primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, disse nesta terça-feira (14) que estava entrando em contato com todos os partidos políticos para ajudar a "salvar" o conturbado país antes das consultas para formar um governo.
Salam, um juiz de 71 anos que até agora presidia a Corte Internacional de Justiça (CIJ), prometeu na segunda-feira abrir um "novo capítulo" no Líbano.
O país foi palco de uma guerra de dois meses entre Israel e o movimento pró-iraniano Hezbollah, que terminou com um frágil cessar-fogo selado em 27 de novembro.
O novo primeiro-ministro enfrenta agora o desafio de consolidar o cessar-fogo, em um país politicamente dividido e que também sofre uma grave crise econômica.
"Não sou um homem que exclui, mas um homem que une", declarou Salam do palácio presidencial. Em seu discurso, ele acrescentou que estava se dirigindo "a todos", para "iniciar uma missão de resgate em conjunto, de reforma e reconstrução".
As consultas parlamentares para formar um novo governo começarão na quarta-feira, um exercício que pode levar meses no país.
No passado, o Hezbollah se opôs à proposta de nomear Salam como primeiro-ministro. Mas a formação xiita foi enfraquecida pela guerra e agora tem menos peso do que antes.
Isso permitiu, em parte, a eleição na semana passada do presidente Joseph Aoun, sob pressão dos EUA e da Arábia Saudita, e a nomeação de Nawaf na segunda-feira, segundo analistas.
Além da reconstrução das regiões afetadas pela guerra, Salam terá que implementar as reformas que o país precisa após mais de cinco anos de crise econômica.
* AFP