O Ministério Público da Colômbia anunciou, nesta quarta-feira (22), a reativação das ordens de prisão contra a cúpula de guerrilha do ELN após um ataque sem precedentes na fronteira com a Venezuela, que deixou mais de 80 mortos e cerca de 32.000 deslocados.
"A procuradora-geral da Nação, Luz Adriana Camargo Garzón, revogou os benefícios da suspensão das ordens de prisão que 31 representantes desse grupo armado tinham, desde 2022 e 2023", incluindo os principais líderes rebeldes 'Pablo Beltran', 'Gabino' e 'Antonio Garcia', segundo um comunicado.
Membros da equipe de negociação do ELN também estão incluídos nos diálogos de paz com o governo, que começaram em 2022, mas que estão suspensos desde sexta-feira por decisão do presidente, Gustavo Petro.
As ordens de prisão entram em vigor a partir desta quarta-feira, acrescentou o boletim.
Camargo justificou sua decisão com base "na prática de novos delitos por parte de integrantes do ELN", após a escalada de violência sofrida desde quinta-feira na região fronteiriça de Catatumbo, assolada por cultivos de drogas, onde os rebeldes travam uma luta a sangue e fogo contra dissidentes das Farc e atacar a população civil.
* AFP