A libertação dos reféns mantidos em cativeiro em Gaza desde o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, começará neste domingo (19), informou nesta sexta-feira (17) o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A reunião para aprovar o acordo de cessar-fogo será realizada nesta sexta-feira e Netanyahu obterá a maioria para aprovar o pacto, apesar da rejeição de alguns ministros da extrema direita.
"Aguardando a aprovação do gabinete (de segurança) e do governo e o cumprimento do acordo, a libertação dos reféns pode ocorrer de acordo com o cronograma previsto, a partir de domingo", disse o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
A medida faz parte de um pacto acertado na quarta-feira (15). Além da liberação, acordo prevê trégua a partir de domingo e um aumento da ajuda humanitária. A negociação indica, inicialmente, seis semanas sem conflitos que serão dividas em três fases.
Primeira fase
Prevista para entrar em vigor no domingo, terá 42 dias de duração. É o primeiro momento de troca de reféns entre Israel e Hamas.
- Libertação gradual de 33 reféns capturados em Israel ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos. Entre eles, estariam cinco soldados israelenses.
- Em troca, serão liberados 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas.
- Ao final da primeira fase, todos os reféns civis — vivos ou mortos — terão sido libertados.
- Forças israelenses devem se retirar dos centros populacionais de Gaza.
- Palestinos devem ser autorizados a começar a retornar para as suas casas no norte do enclave.
- Está previsto, ainda, um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no local.
Segunda fase
Os detalhes desta etapa do acordo ainda serão negociados no decorrer da primeira fase. Não há garantias documentadas de que o cessar-fogo irá persistir até que os termos da segunda fase sejam elaborados.
Terceira fase
Corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional.