O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse nesta segunda-feira (27) que o Exército continuará ajudando nas deportações "em massa" de migrantes ordenadas pelo presidente Donald Trump, em seu primeiro dia oficial no comando do Pentágono.
Hegseth, confirmado pelos republicanos apesar das preocupações sobre sua inexperiência e denúncias de consumo excessivo de álcool e agressão sexual, é uma das escolhas mais controversas de Trump para o gabinete.
Após uma votação apertada de confirmação no Senado, o ex-apresentador da Fox News deixou claro que trabalhará para executar a agenda de Trump, incluindo o uso do exército para facilitar deportações.
"Respaldar as deportações em massa em apoio ao objetivo do presidente é algo que o Departamento da Defesa continuará fazendo", disse Hegseth aos repórteres.
A Colômbia recusou dois aviões militares americanos com migrantes a bordo no fim de semana, o que levou Trump a ameaçar com tarifas que acabaram levando o aliado dos EUA a recuar e aceitar os voos de repatriação.
Hegseth disse que mais decretos presidenciais estão a caminho para eliminar os programas de diversidade, equidade e inclusão do Pentágono e para reintegrar as tropas que foram expulsas por não cumprirem a ordem de vacinação contra a covid-19, agora revogada.
Ele estimou que o trabalho do Pentágono é estar preparado para o "combate de guerra e responsabilizar as pessoas".
"As ordens legais do presidente dos Estados Unidos serão executadas dentro deste Departamento da Defesa, rapidamente e sem desculpas", acrescentou.
Na sexta-feira, três senadores republicanos votaram contra a confirmação de Hegseth, resultando em um empate que exigiu que o vice-presidente, JD Vance, desse o voto decisivo. Esta foi a segunda vez na história que um segundo turno foi necessário para salvar um candidato ao gabinete.
* AFP