A câmara dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (22), o projeto de lei que exige a detenção de imigrantes, suspeitos de crimes, não autorizados no país. Essa pode ser a primeira lei assinada por presidente Donald Trump na nova gestão.
A nova legislação determina que autoridades federais detenham qual migrante suspeito de crimes como furtos em lojas. O Senado ampliou a proposta para incluir acusados de agressão a policiais ou crimes que ferem ou matam alguém. A Lei Laken Riley leva o nome de uma estudante de 22 anos assassinada por José Antonio Ibarra, um venezuelano de 26 anos em situação irregular – que era procurado por roubo em lojas. Ibarra foi condenado à prisão perpétua.
A medida foi aprovada pela Câmara dos Representantes, de maioria republicana, com 263 votos a favor e 156 contra. Cerca de 40 legisladores democratas apoiaram a iniciativa.
O projeto de lei exige um aumento considerável no orçamento do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA, mas não inclui nenhum novo financiamento. O combate à imigração ilegal é a prioridade máxima de Trump, que, pouco após tomar posse na segunda-feira, assinou uma série de decretos, muitos deles destinados a bloquear a entrada ou facilitar a deportação de migrantes em situação irregular.
Trump havia declarado na segunda-feira (20), que os "Milhões e milhões de estrangeiros criminosos" serão enviados "de volta aos lugares de onde vieram".
Lei Laken Riley
Durante a campanha eleitoral, Trump mencionou repetidamente o caso de Laken Riley, atribuindo o assassinato ao que considera uma política permissiva do governo de seu antecessor, o democrata Joe Biden. Trump chegou a exigir que Biden apresentasse um pedido de desculpas à família de Laken Riley.
O pai da jovem assassinada declarou à NBC News que acredita que a legislação "ajudou a mudar as coisas politicamente".
Entrada proibida
Mais cedo, nesta quarta-feira (22), o governo de Trump cancelou a entrada de refugiados que já haviam sido autorizados a ingressar nos EUA pela gestão de Joe Biden, conforme informações da agência de notícias Associated Press (AP).
Com isso, milhares de pessoas em diversas partes do mundo, que já tinham permissão para entrar nos EUA na condição de refugiados e estavam com viagens confirmadas, perderam esse direito. Refugiados são indivíduos que deixam seus países para escapar de conflitos, violência ou perseguições, buscando segurança em outro país.