Pelo menos três pessoas morreram em um bombardeio russo em Kiev, anunciou neste sábado (18) o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
Um balanço anterior da administração militar de Kiev afirmou que o ataque, realizado com mísseis balísticos, havia deixado quatro mortos. Outras três pessoas ficaram feridas.
Outro bombardeio deixou pelo menos um morto e 11 feridos em Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, segundo informaram as autoridades locais.
Outras duas pessoas morreram em um ataque em Beryslav, na província de Kherson, no sul, de acordo com o governador Oleksandr Prokudin.
Kiev é regularmente alvo de ataques com drones e mísseis russos, mas, devido à eficácia dos sistemas de defesa aérea, raramente há vítimas na capital.
O Exército russo, por sua vez, declarou ter bombardeado uma instalação militar em Kiev em resposta ao uso, pela Ucrânia, de mísseis americanos ATACMS.
"As forças armadas russas realizaram um bombardeio conjunto com armas guiadas de precisão contra instalações militares e industriais ucranianas, incluindo uma instalação que fabrica mísseis de longo alcance", detalhou o ministro russo da Defesa.
Essa é "mais uma prova de que [o presidente russo, Vladimir] Putin quer a guerra, não a paz", reagiu o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Sibiga, classificando o ataque como "odioso".
O presidente russo "deve ser forçado a aceitar uma paz justa pela força e por meio de pressão econômica e militar máxima", acrescentou.
Em Kiev, os mísseis interceptados caíram nos distritos de Shevchenkivskyi e Holosiivskyi, informou Timur Tkachenko, chefe da administração militar da capital.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, havia alertado sobre uma "ameaça de míssil balístico".
O bombardeio ocorreu no momento em que Kiev intensificou seus ataques aéreos contra instalações energéticas e militares russas.
* AFP
