Agora que Joe Biden jogou a toalha, os democratas precisam chegar a um acordo sobre um novo nome para disputar a Casa Branca.
Biden apoiou sua vice-presidente, Kamala Harris, para ser a candidata do Partido Democrata. O endosso, entretanto, não significa que ela será automaticamente postulante à Casa Branca. A candidatura democrata precisa ser confirmada até a convenção nacional do partido, que acontece em Chicago entre os dias 19 e 22 de agosto.
Possíveis alternativas democratas
Kamala Harris
A vice-presidente Kamala Harris, que sucederia Joe Biden na presidência norte-americana em caso de morte ou incapacidade, se tornou a favorita pela escolha dos democratas após ser endossada por Biden e pelo ex-presidente Bill Clinton.
Ao assumir em 2021, Kamala foi a primeira mulher negra e sul-asiática a ocupar o cargo no país.
Ex-senadora e ex-promotora de São Francisco e da Califórnia, Kamala é descrita no perfil oficial da Casa Branca como alguém que “sempre luta pelas pessoas”. Filha de imigrantes da Jamaica e da Índia, a política nasceu em Oakland, Califórnia, em 20 de outubro de 1964. Cresceu cercada de movimentos pelos direitos civis e formou-se em Direito e Ciências Políticas.
Casada com o advogado Douglas Emhoff, tem dois filhos, Ella e Cole. Hoje, aos 59 anos, pode chegar a uma disputa presidencial, após abandonar as primárias em 2019 e declarar apoio a Biden. Kamala era próxima do filho do atual presidente, Beau Biden, que morreu de câncer em 2015.
Nas pesquisas, o resultado de Biden e Kamala aparece como semelhante. Segundo levantamento da CNN, ela teria 45% das intenções de voto, contra 47% do republicano Donald Trump. Em um mesmo cenário entre os concorrentes até então, Biden contaria com 43% das intenções e Trump com 49%.
Gavin Newsom
Não há regra que estipule que o companheiro de chapa substitua automaticamente o candidato em exercício. É por isso que também é citado o nome do governador da Califórnia, Gavin Newsom, além da vice-presidente.
O democrata, de 56 anos e ex-prefeito de San Francisco, lidera há cinco anos o estado mais populoso do país, a Califórnia. Diante das decisões judiciais recentes que contestaram o direito ao aborto legal, Newsom tomou medidas que facilitaram a interrupção da gravidez para mulheres de vários Estados.
Segundo analistas, Newsom ambiciona a presidência norte-americana. Nos últimos meses, o governador viajou extensivamente ao exterior, publicou anúncios desenfreados que elogiavam sua carreira e investiu milhões de dólares em um comitê de ação política, alimentando especulações de que poderia concorrer em 2028.
Gretchen Whitmer
Outra possível candidata dos democratas é a governadora Gretchen Whitmer, 52 anos, governadora do Michigan. O Estado tem três tipos de eleitorado que os democratas tentam capturar: operários, afro-americanos e árabes.
Opositora ferrenha de Donald Trump, ela é conhecida por ter sido alvo de um plano de sequestro por uma milícia de extrema direita.
O estado que governa será um dos mais disputados nas eleições presidenciais de novembro, um forte argumento, segundo os seus apoiadores, para designá-la como candidata do partido.
Josh Shapiro
Aos 51 anos, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, está à frente do maior "swing state", ou "estado pêndulo" — como são chamados os Estados onde a vitória pode ser decisiva para os Republicanos ou Democratas vencerem a eleição presidencial em novembro.
Antes de assumir o cargo em 2022, derrotando um rival da direita radical apoiado por Donald Trump, Shapiro foi eleito duas vezes procurador-geral da Pensilvânia.
Como tal, denunciou as agressões sexuais cometidas por padres católicos contra milhares de crianças e processou o laboratório Purdue, fabricante do poderoso opiáceo OxyContin.
Correm por fora
Também circulam os nomes dos governadores de Illinois, J.B. Pritzker; Maryland, Wes Moore; e Andy Beshear, do Kentucky, mas suas chances parecem mais limitadas. Também foram incluídos os da senadora Amy Klobuchar e do secretário de Transportes, Pete Buttigieg, ambos ex-candidatos presidenciais em 2020.