O Conselho Nacional de Defesa e Segurança de Mianmar aprovou a prorrogação do estado de emergência por seis meses, informou a imprensa estatal nesta quarta-feira.
O estado de emergência foi prolongado a pedido do comandante da junta militar do governo, Min Aung Hlaing, informou o canal estatal MRTV. Este regime de exceção foi imposto pelos militares há dois anos, após o golpe de Estado que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi.
O "estado de emergência vai ser prorrogado por mais seis meses a partir de 1º de fevereiro", afirmou o presidente interino Myint Swe.
"O poder soberano do Estado voltará a ser transferido ao comandante em chefe", acrescentou.
O comandante da junta militar afirmou que o governo "trabalhará para organizar as eleições" previstas para este ano.
O estado de emergência terminaria em 31 de janeiro, mas na terça-feira o Conselho Nacional de Defesa e Segurança se reuniu para discutir a situação e concluiu que o país "ainda não voltou à normalidade".
O conselho denunciou que os opositores à junta militar, como as "Forças Populares de Defesa" e um governo à sombra dominado por representantes da Liga Nacional pela Democracia (LND), partido de Suu Kyi, tentaram tomar o poder estatal "com agitação social e violência".
As ruas de Mianmar estavam vazias e os estabelecimentos comerciais fecharam as postas nesta quarta-feira), em um protesto para marcar o segundo aniversário do golpe.
* AFP