O presidente palestino, Mahmud Abbas, convocou a comunidade internacional, neste domingo (12), a "proteger" os palestinos contra Israel, que "cruzou todas as linhas vermelhas", em plena escalada do conflito.
O mundo deve "proteger" o povo palestino e "pôr fim à agressão israelense (...) (e) às ações unilaterais", declarou o líder da Autoridade Palestina em uma reunião da Liga Árabe no Cairo.
"A intransigência israelense e suas práticas cruzaram todas as linhas vermelhas", insistiu ele durante o encontro, que teve a participação do presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, e do rei da Jordânia, Abdullah II.
O ano passado foi, segundo a ONU, o mais mortal na Cisjordânia ocupada desde 2005. Um balanço da AFP contabiliza 235 mortos, em sua maioria palestinos.
E, desde janeiro de 2023, pelo menos 43 palestinos - entre combatentes, ativistas e civis -, nove civis israelenses e uma ucraniana morreram nesse conflito, ainda segundo dados compilados pela AFP.
Por videoconferência, o secretário geral da ONU, António Guterres, afirmou que "a posição da ONU é clara: rejeita as decisões unilaterais", entre elas "as colônias israelenses ilegais em Jerusalém Oriental", parte palestina da Cidade Santa.
A Liga Árabe, que vai perdendo peso na cena internacional há anos, está cada vez mais dividida sobre a questão de Israel. Mais três países reconheceram o país em 2020 - Marrocos, Bahrein e Emirados Árabes Unidos -, e o Sudão declarou, em fevereiro, que pretende buscar a "normalização" das relações.
Egito e Jordânia já fizeram isso há décadas.
* AFP